quinta-feira, 21 de junho de 2007

Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado

Vi ontem Quarteto Fantástico 2... e, apesar do Surfista Prateado, o filme consegue ser uma bomba, realiza a proeza de ser pior que o primeiro. Norrin Radd deveria ter ficado no espaço, ia ser poupado da vergonha de ter participado desse filmeco. A meia-hora inicial do filme é ridícula, com o ponto alto do pastelão sendo a despedida de solteiro do Reed Richards (Um tal de Ion Groffudd). Um cara tão CDF, tão “cientista”, não seria tão idiota e abestalhado com o do filme. O Coisa tem o mesmo humor ácido do personagem dos quadrinhos, mas seu ator, Michael Chiklis, está longe das atuações espetaculares que tem no seriado The Shield. O Tocha de Chris Evans ficou bacana, e Sue Richards, bem... digamos que Jessica Alba é uma linda atriz, mesmo loira.

Acho que o melhor ator do filme é disparado o Surfista, mesmo porque ele é 100% computação gráfica (Doug Jones, que foi Abe Sapien no filme do Hellboy, interpretou durante o filme para contracenar com os atores, mas as cenas foram todas editadas para por o Surfista por cima. Em Sr. dos Aneis usaram o mesmo truque com o Gollum). Os efeitos que o compõem são espetaculares, os reflexos em sua pele, seus poderes e sua prancha estão nota 10. Pena que o resto do cast não acompanha. Nem mesmo o poderoso Dr. Destino, interpretado por Julian McMahon, que manda muito bem em Nip/Tuck, é personificado de forma decente no filme.

Como temos o Surfista, não é nenhum spoiler falar que temos também Galactus. Acho que os engravatados de Hollywood andam lendo muito o universo Ultimate, pois o conceito do Devorador de Mundos é baseado no deste universo. O filme consegue, então, ser um pout-pourri de ideias, algumas muito boas, mas todas muito mal executadas. Do Quinjet a (falta do) Nulificador Cósmico, tudo, bem, é muito, mas muito fraco. O diretor Tim Story mandou mal mesmo.

Se todos os filmes de super-herois que vem sendo lançados contam como pontos positivos para popularizar mais as bandas desenhadas, esse do Quarteto serve pra lembrar que, assim como no nome em inglês, quadrinhos podem ser cômicos.

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